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COLUNA DA NÁRLLEN ADVÍNCULA: O professor que trabalha doente

Texto 28

Ser professor é mesmo uma tarefa que requer muita energia. Precisamos estar bem para conseguirmos exercer nossas atividades para dezenas de alunos. Entretanto, há momentos em que nosso corpo não responde com tanta firmeza às nossas demandas. O cansaço vem e, muitas vezes, aparece uma dorzinha aqui, outra dorzinha ali.

O problema é que, em algumas situações, acabamos por trabalhar, mesmo passando mal. Em inúmeras aulas já estive com enxaqueca e, infelizmente, pouquíssimos alunos respeitavam minha dor... Parecia até que estar se sentindo mal significava estar mais frágil e, portanto, passível de aturar mais indisciplina.

Por outro lado, muitos podem dizer: Por que não falta? Ninguém trabalha doente. O que acontece é que há um orgulho dentro de nós que nos impulsiona para a sala de aula. Do outro lado, pensamos nas aulas que ficaremos “devendo” e no “desfalque” que faremos no quadro de professores naquele dia. Nossa falta é vista, em alguns momentos, como um transtorno, pois quem ficará na turma X no lugar da Fulana?

O fato é que precisamos repensar sobre nossa própria saúde. É preciso dar um tempo para nós mesmos quando o nosso corpo reclama. Cuidar de nós para estarmos bem é também nosso dever. Afinal, para ser um professor transformador é necessário, antes de tudo, ter saúde.

(Eu sou a Nárllen Advíncula, mestre em Letras e dessas professoras que acreditam no sorriso e na amizade como uma forma muito legal e efetiva para ensinar.)

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